Segundo o Sindicato Nacional dos Corretores de Seguros (SINCOR), cerca um milhão de motoristas em todo o país fizeram negócio com cooperativas e associações que ofereciam um produto chamado “Proteção Veicular” como se fosse um seguro tradicional de automóvel para seus clientes. A prática ilegal também vem sendo chamado de “Seguro Pirata ou seguros cooperativa”. Muitas empresas já foram multadas pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) por venderem o produto sem autorização, porém, muitas delas ainda estão por aí, oferecendo esse “seguro” sem qualquer garantia de indenização e apoio para os acidentes cobertos.
As propostas geralmente são tentadoras, as cooperativas oferecem uma promessa de um seguro mais barato com inúmeros benefícios, como, por exemplo, rastreador grátis, seguro de vida e auxílio-funeral. Geralmente, após realizar as cotações para a compra do seguro auto muitos consumidores acabam se frustrando com os preços apresentados pelas seguradoras e topam fazer negócio com essas associações. O que não esperam no entanto é que muitas companhias não possuem reservas financeiras, o que faz as associações fecharem as portas em muitos dos casos, deixando o cliente na mão.
A fiscalização do Ministério Público (MP) e da SUSEP, em todo Brasil, não tem sido suficiente para impedir a atuação do ramo. Com a facilidade de se criar uma associação, as entidades mudam de razão social ou usam o nome de “laranjas” para evitar intimações. Isso explica por que, mesmo com 350 processos administrativos, que geraram 120 representações ao MP pela SUSEP e liminares já concedidas pela Justiça, além muitas denúncias e representações formais, poucas empresas foram fechadas nos últimos anos.
Essa total falta de garantia perante o consumidor pode ser discutida com o seu corretor de seguros auto, que pode te explicar melhor a importância de um corretor de seguros profissional para que transações desta natureza, que não possuem amparo no Código de Defesa do Consumidor (CDC) não venham a fazê-lo perder seu bem e o seu investimento. A própria SUSEP adverte em seu portal na internet, “essas entidades estão comercializando ilegalmente seguros de automóveis com o nome de proteção, proteção veicular, proteção patrimonial, entre outros.