UM IMENSO MERCADO ESPERANDO PRA SER EXPLORADO.

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Reportagem do jornal O Estado de São Paulo de 15 de maio de 2019 informa que 58% dos automóveis da América Latina trafegam sem a cobertura de qualquer tipo de seguro. As companhias de seguros para automóveis, por consequência, deixam de arrecadar pelo menos 76 bilhões de dólares por ano nos principais países da região. A reportagem cita fontes do Swiss Re Institute, megacorporação suíça que denomina o estudo de Motor Gap Protection e foi conduzido pelo seu departamento de pesquisas e análises.

Caso o leitor necessite de parâmetros para imaginar o que representa esta cifra, imagine a soma de 2,8 vezes o valor de todos os seguros auto contratados em um ano por Brasil, México, Argentina, Chile e Colômbia que são as cinco maiores economias da região.

A pesquisa Suiça demonstra que os motivos mais comuns para justificar este volume muito baixo de adesão destas populações à contratação do seguro auto, passa mais assiduamente por alguns aspectos, quais sejam: Desconhecimento de detalhes fundamentais dos seguros de veículos, dificuldades técnicas na forma de contratação, desconfiança pela idoneidade e capacidade técnica e legal de quem oferece as coberturas e o custo elevado do preço, justificado pelas seguradoras de auto como sendo para fazer frente a indenização de veículos sinistrados seja por roubo, ou avarias com reposição total ou recuperação que encarecem desproporcionalmente o prêmio dos seguros.

Colômbia e México são apontados, nesta pesquisa, como os dois países que terão o maior crescimento anual no período de 2019 para 2023. A média de crescimento apontada para o bloco dos países latino americanos é de 3% a 5%, dado que países como Argentina e Brasil, dois dos três maiores mercados desta região estão com suas economias bastante fragilizadas e são muito interdependentes.

A pesquisa leva em consideração os aspectos que deverão começar a impactar as economias destes países com a chegada na américa latina das novas tecnologias disruptivas. Estes novos processos estão mais avançados em países centrais e irão alterar drasticamente os cenários de mobilidade no mundo. Fenômenos como veículos autônomos, novos aplicativos de transporte, veículos elétricos ou energias alternativas que são mais que revolucionários, irão exigir um enorme esforço das companhias de seguro para adaptar-se a um mercado completamente novo neste segmento.
Tudo isto nos leva à reflexão mais aguda ao ler a presente pesquisa e perceber o potencial gigantesco de recursos que não estão sendo explorados nestes países latino americanos e que devem ser disputados e conquistados pelos grandes players deste seguimento em todo o mundo.

Para utilizar como exemplo, o Brasil está em um processo de competição neste mercado cada vez mais acirrado. Hoje, mais de uma dezena de seguradoras operam no Brasil com origem em diversos países como Alemanha, USA, Reino unido, Suiça, Espanha, Itália, França, Japão e logicamente do próprio Brasil. Todas elas correm contra o tempo para mitigar os fatores que neste momento justificam que menos da metade dos automóveis brasileiros estejam devidamente cobertos por um seguro eficaz e regular.

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